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4 de jul. de 2015

Algodão Doce: Por Lena Lima


Troco: por um amor barato, cor de rosa e fofinho.

Sua ausência continua presente meu bem
Naqueles meus dias mais avoados,
O teu cheio de menino sapeca me visita.
Visita a mim; tão inutilmente quanto uma rosa que floresce em um campo minado.
Teu calor ainda arde neste peito oco,
Arde como as fogueiras que queiram as mulheres, ou como a barca que leva ao "Val Ralan"; arde como um copo de "tequila".

Então encherei até a boca, este copo de solidão
Tal qual a este peito palhaço e oco
Perdão pelas tropegas que atropelam os meus dentes,
A grafia trêmula e as letras manchadas.
É que talvez esteja levemente embriagada.
Mas não foi do bom tinto que mancha meus olhos,
Nem desta cachaça que escorre dos meus olhos, encharca a minha face e provoca-me soluços.



Embriaguei-me deste amor eterno que não me foi prometido.
Tão doce e eterno quanto um algodão doce
Falando nisso... trocarei minhas garrafas vazias,
As de saudades que deixou de presente para mim;
Se esquecer as da minha inocência, que tomara sem convite, nem cerimônia.
Pois prefiro aquele algodão doce não prometido.

Lena Lima

2 comentários:

  1. Lena,
    Cheia dos teus achismos
    acho beleza em você, moça!
    E mesmo que ninguém saiba quem tu és, eu vibro aqui por ser tua amiga <3

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  2. Concordo com Jô, chego a pensar que não foi Lena Lima que escreveu isso! Palavras profundas que poderiam ser base de um bom filme! Que outros fragmentos venham!

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