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29 de nov. de 2014

Carta para o meu querido vizinho Chaves: por Dérick Morais

Ainda nem sei como começar, mas você sempre foi meu amigo de infância. Quando criança ria muito de suas palhaçadas bem escritas e elaboradas do sofá da minha casa. Éramos tão parecidos, só de bermudas e meio sujinhos.

Meu querido Chavo del Ocho (Chaves do Oito), o numero da minha casa também é oito e quando queria ficar sozinho corria para o barril para me esconder quando estava triste ou era perseguido. Somos frutos da vizinhança, meus vizinhos me criaram e me ensinaram muitas coisas.

Você gostava de me aconselhar, falava que “pessoas boas devem amar seus inimigos” e que A Vingança Nunca é Plena dizia até para não tomar “Leite de Burra”. Ah quantas lembranças, Chavinho.

Nós crescemos, mas jamais esquecerei o quanto chorei quando lhe acusaram de “Ladrão” sabia que tudo aquilo era mentira e que as pessoas poderiam errar também. Fazíamos A Festinha da Boa Vizinhança com danças e poemas, até as excursões à cidade grande. Ficava bestificado com tanta beleza e o quanto tudo era grande. E que mesmo com todas as confusões cometidas pela manhã, sempre soube que ao findar-se o dia estaríamos em volta de uma fogueira à beira do mar falando um para o outro o quanto cada um é importante.

Nossas respostas erradas aos professores Linguiç ... quer dizer... Amados professores.

O nosso herói Chapolin Colorado aparecia sempre quando pedíamos ajuda, mas suas aparições eram um tanto estranhas e suas frases de efeito um pouco confusas como: “Vai me dizer que acredita em bruxas? Mas é claro que não, mas que elas existem, existem. (minha preferida)”.

Ao meu Ídolo, Roberto Gómez Bolaños meu muito obrigado por nos proporcionar sua genialidade que está perpetuada no coração de cada um. Pelas risadas, simplicidade e por nos mostrar que os grandes heróis são normais, atrapalhados e que ajudam um ao outro na construção de uma boa vizinhança.

De seu eterno Vizinho, te amo!

Dérick Morais 
Míope mais nerd dessa zorra  =)

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