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14 de nov. de 2014

Torre de Babel

Olá caro leitor, chegamos ao último dia útil da semana, que, aliás, deu pano pra manga, decreto surgiu e foi barrado, bombas explodiram e para bom entendedor uma semana basta, esse governo é um erro e nos fomos advertidos. Mas de quem é culpa da desgraça administrativa que cai sobre nossas cabeças? Se levarmos em conta as inúmeras afirmações do nosso Prefeito, o culpado de tudo é Deus! Não foi ele que intitulou-se de presente divino? Então teria Deus errado como cabo eleitoral ao nos dar de presente Totonho Chicote?

Saindo da mente mitológica do nosso gestor, que mais parasse um de Stand Up, a realidade é bem diferente e Deus nada tem haver com ela, Pedreiras que já foi chamada de “Princesa do Mearim” é um misto de cabaré com Torre de Babel e para quem administra a solução é jogar tudo para debaixo do asfalto, que por sinal custou ao povo nas vias financeiras estaduais. Recordo-me de uma afirmação feita por uma idosa durante uma boa prosa sobre política, ela no ar de sua experiência categoricamente afirmou não ter mais orgulho de ser pedreirense, aos que se colocam na linha de frente dessa gestão indago: Seria esse sentimento exclusivo dela? Aliás, deixo o convite para que façam uma caminhada e aproveitem para indagar os pedreireses sobre o sentimento que lhes invade a alma diante dos fatos mirabolantes que ocorrem. 

Gente, “cá pra nós”, nunca vi no atual gestor um gestor, nunca vi no atual administrador um administrador, nunca vi no prefeito um político e a força dos fatos corrobora com isso, talvez digam que ele é o cara, pedreiras precisa de bem mais que um cara, precisa de alguém que não seja omisso, que tome as decisões necessárias e que no mínimo não troque o dia pela noite. Colocamos no poder alguém que nunca foi líder e nem tem aptidão para tal, aliás, até hoje não sabemos qual a sua ideologia e tão pouco aquilo que defende. 

Muitas são as lições que o atual enredo nos deixará, a principal delas é a necessidade de levarmos o voto bem mais a sério compreendendo a força que a política exerce em nossa vida. Que esse tempo difícil não seja, como outrora, esquecido na urna, não sei se perceberam, mas as eleições 2016 por aqui já começaram, os nomes começam a surgir e alguns me fazem dar gargalhadas. 

Parafraseando Zagalo, pelo visto teremos que engolir mais dois anos de uma administração doente que alega não ter grana, para quem em seu primeiro ano de governo fez um carnaval apoteótico, é contrastante, pena que o carnaval durou dias e o que perdura é a quarta- feira de cinzas. Que o que não acabou em samba não acabe em pizza! 

Na metade do seu governo Totonho caiu no desagrado até mesmo dos seus eleitores e pelo visto terá muito a gastar com publicidade, mas ele não é besta e sabe como ninguém tirar uma casquinha das obras estaduais e federais, vai que cola! 

Só Deus sabe o que ainda veremos até o fim desse governo, secretários vão sair, outros vão entrar, o que mudará? Aposto no, nada! Salários continuarão a atrasar, o semáforo continuará quebrado, a saúde precária e sabe quem se deu bem? O Peru de Natal que certamente não será visto na mesa dos servidores. 

Existe uma música pra lá de antiga do Paralamas do Sucesso (Mêlo Do Marinheiro ) que resume bem um pedacinho disso tudo, ela diz o seguinte... 

 “Entrei de gaiato no navio Oh! Entrei, entrei Entrei pelo cano Entrei de gaiato no navio Oh! Entrei, entrei Entrei por engano”.

Já que comecei colocando Deus nessa história, diante do que há de vir só me resta fazer um perdido, livrai-nos do mal! 

Quim Bcukland 
Designer

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